Apesar do índice positivo, instabilidades no cenário econômico e variações no preço de insumos foram apontadas pelo Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Amazonas (Sindpam), como fatores para a retração na estimativa de incremento do setor.
Segundo o presidente do Sindpam, Carlos Azevedo, a estimativa menor se deve principalmente ao ‘vaivem’ do preço da safra da farinha de trigo importada que sofreu aumento superior a 40% nos últimos 12 meses, alta atribuída em especial à baixa oferta do insumo da Argentina, principal fornecedor para o mercado local.
Ele explica que em março, o quilo do produto aumentou em torno de 15%. Meses depois passou a ser vendido entre R$ 5 e R$ 12 e ainda pode ficar até 4% mais barato devido a um projeto de lei que tramita no Senado para desonerar o item.
“Entretanto, apesar de não prevermos nenhuma alta, o valor do produto não está estabilizado, o que afeta o consumo e o faturamento do setor”, contextualizou o dirigente.
De acordo com Azevedo, a diversificação dos produtos oferecidos ainda é o fator que assegura a vantagem dos empresários do ramo. “Além do tradicional pãozinho, os administradores oferecem cada vez mais produtos que compõem o café da manhã regional, lanches da manhã e da tarde, salgados, refeições na hora do almoço e até pizzas como forma de garantir a clientela e o aumento das vendas”, relatou.
Discussão
Conforme o Sindpam, para driblar os altos e baixos, o empresário segue investindo. “Hoje e amanhã, 90 empresários da panificação de todo o país se reúnem em uma convenção da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) e na 1ª Feira Amazonense de Panificação no Tropical Hotel em Manaus. O objetivo é mostrar ao empresário a necessidade de investir em inovação para obter melhores resultados”, adiantou Azevedo.