As padarias e demais empresas de alimentação estão entre os setores econômicos mais promissores no país. Estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelou que atividades ligadas ao consumo básico possuem maiores perspectivas de expansão para 2015. Conforme a pesquisa, alimentação, construção, estética e reparação de bens duráveis são mercados que atendem necessidades essenciais da população e que tendem a crescer mesmo em períodos de baixo crescimento do PIB por serem menos vulneráveis a oscilações da conjuntura.
O faturamento das empresas de Panificação e Confeitaria cresceu aproximadamente 8% em 2014, de acordo com estimativas do Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC). O valor é menor que os 35% de registrados entre 2010 e 2013, mas está bem acima da alta de 0,02% do acumulado de 12 meses até novembro do Produto Interno Bruto (PIB). Considerando a conjuntura atual, a estimativa do ITPC é que a panificação mantenha a taxa de 8% neste ano contra para 0,5% do PIB.
“O mercado de panificação está vivendo uma retração no número de clientes, mas se encontra em crescimento. As empresas estão buscando possibilidades para aumentar seu faturamento e competir com outros tipos de empresas. As padarias diversificaram a variedade de produtos e sua atuação, incorporando conveniência e serviços de food service como almoço, happy hour, comida japonesa, pizzaria, rotisseria, entre vários outros. Essa ampliação dos serviços tem tornado o negócio mais lucrativo e competitivo”, explica o presidente do Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC), Márcio Rodrigues.
Ainda segundo a pesquisa, as atividades econômicas com maior potencial de crescimento estão relacionadas com o perfil de pequenos negócios. No setor de panificação, as pequenas e microempresas correspondem a 96,3% do mercado. Em 2014, 66% destas tiveram aumento ou estabilidade nas vendas, conforme dados do Sebrae. Para este ano, 44% delas pensam em ampliar a quantidade de produtos oferecidos, 39% planejam reduzir os custos e 32% pretendem investir na capacitação de seus funcionários, tendências registradas nas padarias brasileiras.
Fonte: ITPC